II Encontro Interinstitucional de Atendimento Psicológico à Queixa Escolar (2005)
Comissão Organizadora
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Alacir Cruces (UniA)
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Beatriz de Paula Souza (IP-USP)
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Carla Biancha Angelucci (UniCapital)
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Fátima Regina Pires (PUC-SP)
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Leandro A. R. dos Santos (UniA)
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Luís A.G. Lima (São Judas Tadeu)
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Maria Amália Rangel
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Maria Teresa Campos (UnicSul)
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Marilene Proença(IP-USP)
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Nelson Passagem Vieira (UniCapital)
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Roberto Salazar (UnicSul)
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Roseli Fernandes Caldas (Mackenzie e UNIP)
É preciso convocar a memória do passado para reencontrarmos os projetos que traçamos e olharmos os caminhos que percorremos, o lugar a que chegamos. Afinal, hoje, já sabemos da diferença entre nossos sonhos de progresso, calcados no desenvolvimento científico, e o mundo que pudemos construir.
Desde os anos 80, a Psicologia Escolar/Educacional, dialogando com as críticas realizadas por diversas áreas do conhecimento – como, por exemplo, as ciências sociais e a filosofia –, tem criado outras formas de compreensão dos processos de produção das queixas escolares. Este movimento redundou na elaboração de novas práticas de intervenção realizadas em clínicas-escola de Psicologia e demais equipamentos de atenção em saúde mental. Práticas que consideram o homem como ser social, que, ao mesmo tempo constitui relações grupais, cria instituições... assim como é constituído por elas. Daí a necessidade de voltarmos nossa atenção também para a contribuição das dinâmicas institucionais e os processos de socialização que delas decorrem para que possamos compreender a complexa rede que tece cotidianamente a queixa escolar.
Se avanços no campo da intervenção psicológica são inegáveis, também é inegável a urgência de considerarmos a hegemonia de práticas de atendimento ainda ligadas a uma abordagem tradicional de diagnóstico e terapia, que abstraem o homem de sua própria história, de sua essência social.
Muitas vezes, os psicólogos em formação são convidados a fazer a seguinte distinção: a consideração de aspectos institucionais, sociais, é necessária na realização de intervenções em “instituições”, sendo este referencial menos importante – ou até mesmo desnecessário – quando da realização de atendimentos “clínicos”. Diante desta realidade bastante comum nos cursos de Psicologia, instauram-se algumas perguntas:
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O aporte teórico utilizado para compreender o fenômeno da queixa escolar, então, deve mudar em função do locus intervenção, do lugar onde ela se dá?
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Como construir intervenções que rompam com a aparente dicotomia indivíduo-sociedade, considerando, isto sim, sua mútua constituição?
Para debater estas e outras tantas questões é que se tem organizado anualmente o Encontro Interinstitucional de Atendimento Psicológico à Queixa Escolar.
Fruto do trabalho coletivo de docentes de diversas instituições de ensino superior de Psicologia (Mackenzie, PUC, UniA; UniCapital; UniCSul; UNIP; Universidade São Judas Tadeu; USP), que se reuniram periodicamente ao longo de um ano, em uma experiência de gestão compartilhada do trabalho, organizou-se o II Encontro, ocorrido nos dias 1 e 2 de abril de 2005 na Universidade Presbiteriana Mackenzie, e que contou com as seguintes atividades:
Grupos Temáticos de Discussão
Com o objetivo de estabelecer um espaço coletivo de debate a respeito de alguns dos principais desafios presentes na construção das propostas de atendimento à queixa escolar, serão realizadas discussões em grupos orientados pelos seguintes temas:
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Matrizes Curriculares em Psicologia e a formação do psicólogo;
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Processos de triagem e avaliação nas clínicas-escola de Psicologia;
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Ciclos na Educação e Atendimento à queixa Escolar;
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Preconceito relativo às classes populares e suas implicações no atendimento à queixa escolar
Cada grupo de discussão contará com até 30 participantes, incluindo um coordenador e um relator. Portanto, haverá mais de um grupo debatendo o mesmo tema. Os coordenadores e os relatores articularão as discussões ocorridas nos grupos que debaterão o mesmo tema, de forma a apresentarem, na plenária final, uma síntese das principais questões concernentes a cada tema.
Mesas
Políticas públicas em educação e o atendimento às queixas escolares
Atendimento às Queixas Escolares: elementos para a superação Escolar X Clínica